Estilo Gringo ou Da Gringa

 

Aqui no Brasil, a palavra “gringo” é usada como gíria para se referir à origem estrangeira de algo ou de alguém. Chamamos de “gringo” quem não é nativo de nosso país. Aquilo que é proveniente de outra nação, que veio do Exterior, veio “da gringa”.

 

Embora o brasileiro seja muito criativo nos falares, pasme: essa gíria não é uma invenção nossa. A palavra é de origem espanhola “griego” que significa “grego”. Passou a ser usada para expressar a dificuldade de compreender falantes de outras línguas, tal como “fulano fala griego/grego”.





 



E acabou ganhando um sentido diferente e mudanças fonéticas, virando substantivo masculino ou feminino, “gringo” ou “gringa”. agrafiil tem estilo gringo ou gringa.



Sabe aquela imagem do turista todo equipado para passar férias no Brasil? Se você pensou alguém de bermudinha acima da coxa, máquina fotográfica penduradona no pescoço, camisa estampada e um chapéu esquisito, acertou. O estereótipo já foi muito atribuído aos norte-americanos que nos visitam.



Para se ter ideia do quão forte esta imagem se fez no imaginário coletivo, uma empresa  brasileira de games chegou a criar um jogo chamado “Run, gringo, run” durante as olimpíadas de 2016 – e virou notícia no The Washington Post. No jogo, o personagem gringo precisa sobreviver (nos trajes mencionados) a problemas “comuns” no dia a dia dos cariocas: violência, problemas estruturais da cidade, etc.



Essas imagens e descrições são bastante caricatas. As diferenças nos hábitos e costumes, devido a fatores climáticos, culturais e sociais podem ser mais ou menos evidentes. E isso, tanto na forma de se vestir e portar como nos fenótipos (características observáveis de uma população), mas também podem levar ao engano de generalizar seres humanos plurais.



Quando um cidadão residente em clima temperado (que ocorre na Europa, por exemplo), decide passar férias em um país tropical, é bem provável que não esteja logo de cara, muito ambientando com nossa forma de agir/vestir, não é mesmo? 


 

Ilustrações à parte, o intercâmbio cultural é um fenômeno sempre muito interessante. Desde sempre, as trocas culturais (sejam pacíficas, voluntárias ou não) acabam sendo resultado deste contato entre diferentes civilizações.
 

Como é a moda gringa?

 

São incontáveis os exemplos de criações humanas que atravessam as fronteiras para se tornar tendências em lugares distantes. Com a moda não é diferente. A comunicação no mundo da moda é tão intensa que permite o compartilhamento de identidades, tradições, sentimentos e funcionalidades de modo atemporal. Tanto é verdade que a empresa “Havaianas”, brasileira, é líder mundial na fabricação do chinelo mais vendido no mundo há tempos. Assim como, a Nike é um produto “gringo” (importado) com uma legião de fãs fiéis de todas as gerações ao redor do globo.
 

Como criar um estilo “da gringa”?

 

Depende de qual “gringa” você quer recriar. Existem infinitas possibilidades de trazer para perto as atmosferas culturais e estilos “das gringas”. O status que cada uma delas ganha é muito pessoal e tem a ver com sua própria forma de se ver, ainda que o mercado ainda prestigie algumas realidades de forma seletiva.
 






 

 

A África vem sendo fortemente retomada por movimentos sociais e culturais no mundo todo, inclusive na moda. O reconhecimento e projeção das raízes ancestrais tem ganhado cada vez mais força.


O design das peças pode ir muito além de estampas étnicas e tecidos nobres, padrões tribais e cores poderosas. Além de roupas, artefatos de decoração, como tapeçaria e esculturas também são itens dos desejos.


Estilistas africanos tem dado visibilidade às suas criações, espalhando a beleza e preciosidade da moda e da cultura africana. Jóias de materiais nativos e artigos de luxo, como bolsas e carteiras, têm aos montes, mas nem sempre é tão fácil consegui-las.



A Dripstreet é especializada em roupas streetwear criada por marcas locais e faz envios para o mundo todo. A Maxhosa também traz peças incríveis em suas coleções e está presente em outros países. Criada por Laduma Ngxokolo, as malhas coloridas são itens realmente peculiares para quem quer fazer um look pesado.



Merece destaque a estilista senegalesa Adama Ndiaye, que além de criar suas próprias coleções pela Adama Paris – uma label sustentável; é ainda a fundadora do Dakar Fashion Week e Black Fashion Week. Veja abaixo a custom que ela fez para Beyoncé. Existem opções “da gringa” fora e dentro do Brasil para todos os gostos e bolsos.

 

A Europa sempre inspirou o inverno no mundo todo, com elegância. Talvez pela necessidade de atravessar os invernos rigorosos, as vestimentas de outono e inverno costumam superar as expectativas na qualidade dos materiais (afinal, precisam de funcionalidade) e são as mais admiradas pelo restante do mundo.



Algo que é muito valorizado por lá são os caimentos das peças, que por mais simples que sejam, remetem a requinte e sofisticação, assim como os perfumes famosos, por exemplo. Seja um trench britânico, uma boina parisiense ou uma calça italiana, o clássico é sempre a preferência. Como diria um europeu famoso, Leonardo Da Vinci: “a simplicidade é o último grau de sofisticação”. 

 




 

A América do Norte fabrica tendências tradicionalmente por meio dos filmes Hollywoodianos no cinema, pela capacidade de projeção de seus artistas musicais e por meio da cena esportiva.



Sabemos que eles adoram lançar moda e produzir objetos de desejo (alguns com preços nada camaradas). A versatilidade é um aspecto que faz com que o estilo lançado por lá se comunique com o mundo todo (ou quase) e acabe também sendo o mais “replicado” nos países emergentes. Nova York é considerada a capital da moda, onde tribos costumam desfilar suas extravagâncias.



Os EUA são considerados os pioneiros da moda esportiva ou american sportswear. Já que o esporte é uma prática muito valorizada como entretenimento, política e negócios na sociedade americana, eles costumam caprichar nesse quesito – em tecnologia de tecidos, materiais robustos e de qualidade.



Blusões ou jaquetas de universidades (estilo varsity como na foto abaixo), roupas de equipes de basquete, beisebol e futebol americano costumam falar por si só, com referência “regional” ou nacionalista, quando o assunto é estilo “da gringa”. Mas existem muitos outros estilos possíveis. Com a democratização do esporte, só precisa acertar no tamanho.



As American brands estão bem mais difundidas do que as marcas africanas, por exemplo. Nem é preciso falar da popularidade e da difusão das coleções da Nike, Adidas e afins.  O continente Asiático ou a porção oriental do planeta contém tantas referências diversificadas, que seria impossível abordar este conteúdo sem perder a riqueza. Abocanhando cada vez mais as fatias do mercado de vestuário, a China e o Japão são duas culturas que vem atraindo a atenção dos mais diversos públicos.



Os jovens costumam estar mais em contato com as inovações tecnológicas e artísticas, sendo praticamente impossível passarem por elas sem esbarrar com curiosos produtos japoneses, personagens de mangas ou de desenhos animados. O estilo kawaii é um dos mais divertidos da cultura japonesa (você ficaria surpreso de saber quantos estilos são catalogados!), tanto que, extrapolou as fronteiras do Japão com seu colorido.



O contato com colônias de imigrantes, o turismo, a experiência culinária, as artes marciais, danças, documentários e até mesmo filosofias de vida, às vezes também estão presentes como conceitos nos modos de vestir. O quimono chinês, as calças e batas indianas, por exemplo, e os lenços e túnicas podem caracterizar uma produção gringa com elementos árabes.



A cultura pop coreana também tem conquistado cada vez mais seu espaço e arrastado multidões que se identificam com seus estilos fofos e descolados. Interessante é se identificar com alguma ou misturar todas, pois não faltam opções para quem deseja diversificar!



Prestigiar as criações nacionais e incentivar a economia local, sem dúvidas contribui para o desenvolvimento de oportunidades e geração de riquezas do entorno. Outro aspecto social importante nessa questão é que algumas pessoas confundem a valorização de suas origens e da cultura nacional e acabam praticando xenofobia.



A realidade é que é perfeitamente possível valorizar a própria nação sem precisar desqualificar outras, bem como incentivar o consumo local sem deixar de conhecer e expressar novas referências, não é mesmo?




 



 

L9459. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa.

 

Planalto.gov Lei Xenofobia

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9459.htm


Skdesu

https://skdesu.com/moda-japonesa-harajuku-visual-kei/

 

Washingtonpost

https://www.washingtonpost.com/news/worldviews/wp/2016/08/13/run-gringo-run-new-cellphone-game-has-fun-with-olympic-rios-street-crime/

 

Elle

https://elle.com.br/moda/o-termo-american-sportswear-ainda-faz-sentido

 

Vogue

https://vogue.globo.com/beleza/noticia/2020/09/exclusiva-rihanna-fala-sobre-chegada-da-fenty-beauty-no-brasil.html

 

https://vogue.globo.com/moda/noticia/2018/03/mama-africa-grifes-africanas-que-voce-precisa-conhecer.html

 

Etimologia.com

https://etimologia.com.br/gringo/

 

Freepik

https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/viagem

 

Maxhosa

https://maxhosa.africa/

 

Dipstreet Store

https://www.instagram.com/dipstreetstore/

 

Papermag

https://www.papermag.com/beyonce-fashion-black-is-king-2646850547.html?rebelltitem=32

 

France24

https://www.france24.com/en/tv-shows/fashion/20210104-adama-ndiaye-designer-and-champion-of-african-fashion

 

The trench coat na Undercoat notory

Ours is done in a beautiful twill with tranchcoat fundamentals: epaulets, sleeve straps, stitched-down back yoke and a buckled belt long enough to tie. Inside, a camel tan wool liner buttons in, has its own pockets. Coat is shower resistant.

 

 

Sobre a loja

Streetwaer Roupa Masculina e Feminina estilo Rap, Hip Hop, Grafiti, Samba e Pagode Cultura Negra.

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